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No parque mesmo, um perfumista oculto
ordenha heliotrópios...
Deixa aberta a janela...
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Minhas mãos sabem de cor o teu corpo,
e a alcova é morna...
Apaguemos a luz...
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Não sentes na tua boca
um gosto de papoulas?
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Passa o lenço de sede de tuas mãos
sobre minha fronte,
e não me digas nada:
a febre está, baixinho, ao meu ouvido,
falando de ti...
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Guimarães Rosa
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