junto à erva agreste de outros dias.O sol
não te queima, não te fere os olhos ao meio dia.
Soletramos o amor com a letra mais pequena de uma língua
acabada de inventar.Sabem as gaivotas.Sabe o mar.
Era uma vez. Era assim que se agasalhava a noite
e me enrolava nos teus olhos para encontrar
a luz. Não é com a memória que caminho.
As manhãs são de névoa como as camarinhas
que cresciam nas dunas. Com quem posso
agora falar de camarinhas? Saborear o gosto
das bagas e dos risos.Vamos apanhando conchas,
castelos,príncipes,borboletas. Vamos perdendo
o que encontramos. As mãos vazias. Os passos leves.
Os olhos crescem como a erva nas sandálias.
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Rosa Alice Branco
In "Soletrar O Dia"
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