domingo, 23 de maio de 2010


UM VENTO LEVE, UMA ESPUMA
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Do beijo fica um sabor,
do sabor uma lembrança,
um vento leve, uma espuma.
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Do beijo fica um sereno
olhar, o amor de coisas
minúsculas e humildes,
um pássaro que vai e vem
da nossa boca às palavras.
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Do beijo fica, suprema,
a descoberta da morte.
Um vento leve, uma espuma
salgada, à flor dos lábios.
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Fernando Assis Pacheco

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