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Sussurram tempos e contrariedades,
caem dias a torto e a direito.
Fica quem tudo a eito leva,
e não quem de todo a nada chega.
Escondo-me atrás de mim
e vejo-me tinto no copo,
do olhar do mundo afastado.
Olho-me e ouço as cousas ficarem
no fluir de um sussurro, no osso
de um momento, teus lábios
fugidios na ponta da noite além
onde me aconchego e escondo,
torto em sábios dias aí tecidos,
aqui direito em nós de luz.
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Adriano Alcântara
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