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No teu leito de silfos e de sonho
Dormes, pendida a máquina do braço.
Uma vasta arquitetura de montanhas
Ergue defronte a sua construção.
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Acerco-me de ti a passos lentos,
Medindo o gozo do teu respirar
Súbito, feroz, de mim se aparta
A forma com que antigamente fui.
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Na verdade inda ignoro tua essência:
Uma nuvem de códigos nos envolve
Que tento decifrar nesse abandono.
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Do teu corpo, camélias e coral.
Já que dormes, irei me revelar
O início do teu ser, íntimo a ti.
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Murilo Mendes
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