domingo, 2 de maio de 2010


JAZZ
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Numa cadência de enigma
Entrecortada de espasmos
Saltos berros mil ruídos
O jazz canta a saudade
Dum sonho que não se sabe.
Chora o jazz a velha perda
Dum paraíso qualquer
Deixado em longes de sombra.
E no seu ritmo diverso
Langoroso e crepitante
Martelado e insistente
Triste e cheio de alegria
Do que há muito está perdido.
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Adolfo Casais Monteiro

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