quarta-feira, 22 de dezembro de 2010


JANELAS
.
Em todas as janelas
me debruço,
em todos os abismos
estendo uma corda
e caminho sobre as águas,
subo em nuvens,
galgo intermináveis escadas.
Abro todas as portas
e cavernas com um sopro
ou três palavras mágicas.
Mergulho em torvelinhos,
danço no meio do vento,
pulo dentro da tempestade.
Em cada encruzilhada me sento
e tento arrumar o destino,
estranho castelo de areia.
.
Roseana Murray
in "Recados do Corpo
e da Alma"

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