abro devagar e completamente os braços
para depois fechá-los arredondados,
tocando suavemente as pontas dos dedos
de uma das mãos nas pontas dos dedos da outra.
Como se faz para abraçar uma pessoa.
Mas não há nada entre meus braços
além do ar da manhã.
Suspiro, sorrio, desfaço o abraço.
Então, com as mãos vazias,
finalmente começo a navegar..."
.
Caio Fernando Abreu
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