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A rua mastiga
os homens:
mandíbulas
de asfalto,
argamassa,
cimento,
pedra e aço.
A rua deglute
os homens:
e nutre
com eles seu sôfrego
onívoro esôfago.
A rua dejeta
os homens:
o poeta,
o agiota,
o larápio,
o bêbado
e o sábio.
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Guilherme de Almeida
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