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Na rede, a menina
Embala o gatinho
Tão leve, tão fofo, quase que só pêlo.
A menina ri
Das mordidas que não machucam
E das lambidas ásperas e quentes.
O gatinho arranha.
Suas garras frágeis
Só produzem cócegas.
A menina ri
Embalando o gatinho
Que sente o calor dela e se aconchega,
Fecha os olhos e adormece, enfim.
A menina domou sua primeira fera.
Seu coração amoroso
Nem percebeu o inimigo.
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Rui Ribeiro Couto
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