pegue o seu lápis e escreva.
No degrau de uma escada, à beira de uma janela,
no chão do seu quarto.
Escreva no ar, com o dedo na água,
na parede que separa o olhar vazio do outro.
Recolha a lágrima a tempo,
antes que ela atravesse o sorriso e vá pingar pelo queixo.
.
E quando a ponta dos dedos estiverem úmidas,
pegue as palavras que lhe fizeram companhia e
comece a lavar o escuro da noite, tanto, tanto, tanto...
até que amanheça.
.
Rita Apoena
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