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Por que uma vária vela vento em fora
me arrasta para além daquela curva,
e esta âncora, revendo atrás e aurora,
prende meu lenho sob uma água turva?
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Quando eu não for, como será o mundo?
Houvera o mesmo chão, se eu não houvesse?
A reta mão não toca o céu profundo;
como o tocara a voz de oblíqua prece?
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Por que sou mais mortal e mais ausente
na distância fechada à minha frente?
Quem me esvaziou de mim, de hoje e de aqui?
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Entre que relva, em que porão nefando
ou absurda cisterna está vagando
aquele que já foi — e que perdi?
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Abgar Renault
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