quinta-feira, 1 de julho de 2010


Juntamos toros e gravetos
para a lareira. Na mata
flutua o crepúsculo.
Marcos de luz a findar.
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Vagas de zimbro, escórias
o arpão do esquecimento.
A súbita melancolia da casa.
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As janelas abrem para o rio
e a barra e a ilha com névoa.
Podias ser tu de céu a céu.
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A inquieta certeza da poesia
não admite questões. Descobre-se
ao virar da vinha, quando chegamos
ao tanque e não há ninguém.
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Joaquim Manuel Magalhães

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