quinta-feira, 1 de julho de 2010


DEPOIS DE LONGA
AUSÊNCIA...

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Depois de longa ausência vens agora
Dizer-me que não podes esquecer
A única razão do teu viver
E que sou eu essa razão de outróra...
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Em silêncio te ouvia discorrer
Sobre a minha alma sempre sonhadora;
E ao som da tua voz embaladora
O meu amor sentiu-se reviver!
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É que eras tu que ao pé de mim sorrias
A falar em futuras alegrias
A minha grande inquietação de amar!
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Acreditar-te, não; tudo é perdido...
E o que fica de pé anda escondido,
Aqui, dentro do peito, a naufragar.
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Antônio Botto

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