terça-feira, 30 de março de 2010



LÁGRIMA

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Denso, mas transparente
como uma lágrima...
Quem me dera
Um poema assim!
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Mas...
Este rascar da pena! Esse
ringir das articulações...Não ouves?!
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Ai do poema
que assim escreve a mão infiel
enquanto - em silêncio - a pobre alma
pacientemente espera.
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Mário Quintana

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