Os crisântemos de depois, desfolhei-os a frio.
Falem pouco, devagar.
Que eu não ouça, sobretudo com o pensamento.
O que quis? Tenho as mãos vazias,
Crispadas flebilmente sobre a colcha longínqua.
O que pensei? Tenho a boca seca, abstrata.
O que vivi? Era tão bom dormir!
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Álvaro de Campos
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