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A voz que se levanta o ruído
Hasteado na brisa
Que me toca nos ombros
A tua boca as tuas mãos de água
Ora deslizante ora íntima sedentária
O vento breve que me esculpe em músculos
Cada vez mais sensíveis
A onda que no ar se acende
Entre o rumor da história e o cheiro das tílias
A carne que vai morrer mas também
O suor o sabor de quem amo
E bebo
E canto
Para que não se perca nada
Para que nada se perca enquanto
O meu sexo amaciado nas tuas águas
Se ajuste à curva do céu
E o meu dorso esmagado pelo dorso do mundo
Encontre no chão da casa o repouso
De quem não tem repouso apenas
Paixão.
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Casimiro de Brito
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