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A carta que escreveste é a oração que repito
todas as noites, sempre, antes de me deitar,
à hora em que abro a janela ao azul do infinito
e me ausento de tudo... e me esqueço a sonhar...
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Eu, descrente da terra e dos homens, descrente
mais ainda dos céus, com bem maior razão,
murmuro a tua carta religiosamente
pois fiz do teu amor a minha religião...
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Tua carta, nem sei... releio-a a todo instante,
ela acende em meus olhos tristes alegrias
e me faz esquecer que te encontras distante...
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Paradoxos talvez, mentiras!... Não te esqueço
se toda noite assim (há não sei quantos dias),
com teu nome em meus lábios... rezando adormeço!...
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J. G. de Araujo Jorge
Magnífica! J.G. de Araújp Jorge, intemporal!
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