quarta-feira, 11 de agosto de 2010


Envolvo num murmúrio as flores
que o verso me dá.
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As pétalas
têm a cor dos lábios que
as cantam; e o pólen sabe ao mel
dos dedos que as colheram,
uma tarde, enquanto o sol
descia sobre os ombros nus das colinas.
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Pisei-as com os pés
da estrofe, e o vinho do amor
destilou de um mosto de sensações.
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Bebo-o do copo
do teu corpo; e uma embriaguez
de rosas alastra na vinha
do poema.
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Nuno Júdice

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