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Pétala de rosa! Olha,
Do velho poeta, não rias;
Guarda-a na folha
Do livro que se lê todos os dias.
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Amor, não o sacies,
Não venhas a perdê-lo;
Põe pelo sinal um fio de cabelo
Na carta que me envies.
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Foges-me da vida:
E na menina dos olhos,
Achada ou perdida,
Ali sempre te encontre, de sonho vestida.
Que importa o sol tão alto,
Que dê a luz do dia?
O sonho, seja irmão da loucura,
É o que dá poesia.
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Afonso Duarte
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