sábado, 27 de fevereiro de 2010


Segura minha mão, amor, que tenho medo e estou só.
Cansei, amor, de fingir coragem, sou frágil.
Segura minha mão.
A noite engole meu riso e as lágrimas podem correr livres,
É tão mansa a noite, tão amável e companheira.
Vem comigo, amor, que estou só, mas vem agora,
No instante em que a noite me permite confessar meus medos.
Vem antes que o riso volte á minha boca
e ela finja ser o que não sou e a todos engane.
Vem, amor, segura minha mão
e fita-me nos olhos que, eu de ti, não fugirei agora.
Mas nada posso prometer, amor,
depois que o sol engolir a lua
E eu for novamente aquela que todos vêem,
a que tem as mãos vazias das tuas.
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Helen Drumond

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