sábado, 27 de fevereiro de 2010


O silêncio da tua voz e do teu olhar,
neste instante me chega tão gritante…
como fosse do íntimo do mundo…
tão mais alto que em outros de antes.
Vem com a dor dos degredos…
se instala e me emudece…
me estanca dentro de mim mesmo.
Chega-me misto de lamento profundo e prece.
Fogem-me as palavras ao vento
como fossem grãos de areia por entre os dedos.
Fica-me o coração choroso de versos
e as mãos conchas vazias de segredos.
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Antonio Miranda Fernandes

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