segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011


POETA DISTANTE
.
Um poema atravessa as nuvens
e pousa na minha mesa,
como um ramo de flores
pousa entre meus braços:
"A lua já se pôs,
as plêiades também.
Passa o tempo
e estou tão sozinho",
sussurra em meus ouvidos
milhares de anos depois,
a poeta Safo.
Com ela aprendo
que nunca estamos sozinhos.
Há sempre alguém
que sente o que sentimos.

Roseana Murray
In "No cais do primeiro amor"

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